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AS OUTRAS MÍDIAS

Dentro do livro “O Círculo”, de Dave Eggers, é retratada a ideia de que um sistema tecnológico que alcança o controle de quase tudo dentro da sociedade. Isso se estende à parte de comunicação, rastreamento e até vigilância do ser humano. Essa ideia, pensada de uma forma um pouco diferente, também é refletida dentro da sociedade atual e em outras obras para entretenimento. O maior exemplo disso se encontra rede social de mais sucesso dentro do meio tecnológico, o Facebook, e da série Black Mirror.

O FACEBOOK

Esta rede social foi fundada em fevereiro de 2004, por Mark Zuckemberg, nos Estados Unidos e desde o começo conseguiu um imenso número de usuários a um nível de alcance mundial. A partir do crescimento da plataforma, o Facebook começou a busca por um monopólio dentro das redes sociais, sendo confundida com a ideia de controlar a vida do ser humano.

Outras redes sociais começaram a ter sucesso dentro da internet. Assim, o Facebook passou a buscar formas e meios de comprá-las. Quando não consegue, como no caso do Snapchat, cria atualizações em nas plataformas que já possuí para se assemelhar com o aplicativo, conseguindo acabar com o concorrente.

Com a dominação dentro do mercado de redes sociais, o Facebook constituiu o que se aproxima do monopólio que buscava dentro do espaço pessoal na internet. Atualmente, ocupa também um grande espaço entre os sites e aplicativos. Com isso, é perceptível a semelhança com o que O Círculo faz, já que através de cadastro e análise de pesquisas de busca, consegue entender e controlar diversas informações pessoais ou não dentro da vida dos usuários.

BLACK MIRROR

Há diversas outras mídias que abordam o avanço das tecnologias. A série da Netflix “Black Mirror”, que alcançou muito sucesso entre o público, principalmente o mais jovem, consiste em realizar críticas à maneira como a sociedade lida com as novas tecnologias nos dias de hoje.

Um dos exemplos é o episódio "Quinze Milhões de Méritos". Nele, é apresentado seres humanos que ficam confinados sozinhos dentro de quartos altamente tecnológico. O objetivo principal de cada pessoa é conseguir dinheiro ou prêmios virtuais que dão a eles a chance de comprar uma vaga para o show de talentos, no qual podem mostrar seu talento próprio. Eles só interagem com outras pessoas quando estão realizando as atividades que os fazem conquistar todo esse dinheiro e prêmios.

O homem que protagoniza o episódio consegue a chance de se apresentar. No palco, se revolta com esse sistema e, dentro de sua apresentação, finge que irá se suicidar. Porém, em uma atitude pouco usual, tanto a plateia quanto os jurados gostam de toda essa revolta, fazendo com que ele, mesmo sendo o crítico, entre em todo esse sistema. Este final se constitui como a maior crítica dentro do episódio,  pois, segundo a série, o sistema já está preparado para a revolta contra ele, inserindo todos dentro de si e impedindo que saiam.

Gif disponível em Tumblr.com

Na terceira temporada da série há outros dois episódios que também apresentam críticas a essa sociedade tecnológica. Os episódios “Perdedor” e “Engenharia Reversa”, mais especificamente, também utilizam tecnologias futuristas como ferramentas para a narrativa. No primeiro, as redes sociais ajudam a construir uma caricatura de como a sociedade atual abandona cada vez mais a individualidade, se importando somente com a persona criada para agradar terceiros. No segundo, é apresentados como os governos fazem lavagem cerebral em seus soldados a fim de criar máquinas de guerra.

Abaixo há o trailer da terceira temporada da série:

Gif disponível em CinemAção.com

A ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA

O livro “O Círculo”, teve uma adaptação para o cinema, no ano de 2017. Com direção de James Ponsoldt e presença de atores como Tom Hanks e Emma Watson no elenco, conta com algumas mudanças em relação ao livro.

A ideia principal persiste: um sistema gigante e mundial que começa a controlar a vida de pessoas dentro da sociedade com câmeras espalhadas por todas as partes do mundo e que tem vigilância 24 horas por dia. Além disso, como é a vida da personagem principal Mae Holland, que acaba sendo inserida em um universo que se evidencia pelo uso e dependência tecnológica.

O filme nos mostra o poder de toda a empresa, que vira sonho de trabalho por muita gente dentro da sociedade. Logo depois que a personagem principal arruma o emprego, a mais nova invenção do Círculo é apresentada: as câmeras SeeChange, que pode ser inserida em vários lugares ao redor do mundo. O intuito é ajudar no combate ao terrorismo, segundo o idealizador, porém percebemos que também ajuda no controle de vida da sociedade.

Por fim, o filme, assim como o livro tenta representar a mesma ideia de que o sistema consegue controlar a vida da sociedade e pela crítica ao uso excessivo e indevido da tecnologia.

Gif disponível em Tumblr.com

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